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quarta-feira, 14 de julho de 2010

MST SABOREIA PIZZA

A ligação MST-PT é coisa velha, mas por algum estranho motivo a imprensa ainda trata os dois como entidades distintas. A oposição tentou fazer uma CPI. Deu em nada por várias razões, especialmente porque CPI não é feita para investigar, mas para incomodar, joguete político sem finalidade prática real.

Do Blog Brasi da Corrupção:

Criada com muito estardalhaço, a CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) termina com um relatório final que não aponta culpados nem recomenda indiciamentos. A comissão acabou esvaziada pela oposição - que insistiu na sua instalação, mas sequer compareceu às reuniões - e se encerra num clima amistoso entre parlamentares ruralistas e os aliados do movimento social. Único parlamentar ligado aos ruralistas a comparecer à CPI, Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) reconheceu que, em ano eleitoral, ficaria ainda mais difícil tocar a investigação na CPI.

A comissão deixará de votar 136 requerimentos que pediam quebra de sigilo bancário e fiscal de entidades ligadas ao MST, como Anca e Concrab, e daquelas vinculadas aos ruralistas, casos de CNA e Senar.

Os integrantes da CPI do MST se reúnem nesta quarta-feira para votar o texto do relator Jilmar Tatto (PT-SP), que trata dos problemas agrários de forma genérica. Não há citação de qualquer pessoa ou nome de entidade na conclusão final, de qualquer dos lados.

Em seis meses, CPI só se reuniu 13 vezes
Há recomendações como: aperfeiçoamento na legislação que regula convênios de entidades com governo; a continuação de auditorias no convênios por parte de TCU e CGU; e a realização de cursos de capacitação para entidades que firmem convênios com governo.

A CPI começou há seis meses; foram realizadas só treze reuniões. Os deputados e senadores que a integram apresentaram dezenas de pedidos para convocação de vários ministros do governo Lula, no caso dos ruralistas e, do lado da base do governo, de dirigentes de entidades patronais e fazendeiros acusados de exploração do trabalho escravo. Nenhum foi votado. A maioria dos 68 requerimentos aprovados foi relativa a pedidos de documentos ao governo e convocação de servidores e técnicos dos ministérios e de outros escalões do governo.

"A criação da CPI foi politicagem pura. A oposição fez barulho por nada"
Relator da CPI Jilmar Tatto (PT-SP)


Jilmar Tatto afirmou que não protegeu o MST nem encontrou irregularidades nos contratos do governo com as entidades ligadas ao movimento. O relator disse também que essas entidades já estão sendo investigadas pelo Ministério Público, e que os requerimentos de quebra de sigilos, dos dois lados, não avançaram porque os requerimentos estavam mal redigidos e eram muito genéricos.

- A criação da CPI foi politicagem pura. A oposição fez barulho por nada e, depois, abandonou a comissão. Os requerimentos não foram votados e nem teve grita. A oposição jogou a toalha - afirmou Tatto.

"A relação na CPI é de dois por um, a favor do governo. Foi difícil furar esse bloqueio"
Deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS)


Ônyx Lorenzoni disse que o relatório de Tatto defende o MST e as entidades ligadas ao movimento e afirmou que os governistas tomaram conta da comissão.

- O relatório é chapa-branca, um verdadeiro faz de conta. O governo blindou o MST e colocou uma mordaça na oposição. Uma farsa, uma pantomima - disse Ônyx Lorenzoni, que fez uma acusação de troca de apoio por liberação de emendas aos apoiadores do governo:

- Seguramente, houve moeda de troca com emendas parlamentares. A relação na CPI é de dois por um, a favor do governo. Foi difícil furar esse bloqueio.

Autora do pedido que criou a CPI do MST, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), suplente na comissão, não compareceu a uma reunião. Lorenzoni afirmou que os ruralistas abandonaram a comissão quando detectaram que o governo manteve o controle da comissão e não deixou que fossem aprovados requerimentos. Apesar da desvantagem no placar, Lorenzoni disse que apresentará um voto em separado.O Globo

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